Abaixo vou falar um pouco sobre o que sempre ouço neste nicho da
música erudita: Música para Coro & Cantatas (inclusive muitas das
músicas das quais falo abaixo se encontra no meu celular para
“pronta-escuta”).
Não faz tanto tempo que ouço este gênero. Assim como para o gutural
das bandas de Heavy Metal eu não tinha o costume de ouvir, então sempre
rejeitei esse tipo de música. Mas foi o conhecimento de Carmina burana
principalmente, que me abriu os ouvidos à essas maravilhas da música
coral:
Carmina Burana (completa) – Carl Orff
Carmina Burana (completa) – Carl Orff
Uma peça conhecida pela sua primeira parte “O Fortuna” tem uma
riqueza instrumental (com muita ênfase nas percussões eu diria) e
riqueza vocal estupenda, muito além deste único trecho conhecido. Além
da música, uma letra curiosa que, pela simplicidade de assuntos triviais
da época de manuscritos de poemas da idade média, se torna
interessante.
Principalmente as músicas da segunda parte “Na Taverna”
Músicas com presença de tenor e baixo solos, letras engraçadas e inusitadas como a fala de um ábade bêbado e uma letra onde o sujeito, em primeira pessoa, é um pato assando, girando no forno observando seus futuros degustadores com dentes rangendo de vontade de devorá-lo, dentre outras.
Músicas com presença de tenor e baixo solos, letras engraçadas e inusitadas como a fala de um ábade bêbado e uma letra onde o sujeito, em primeira pessoa, é um pato assando, girando no forno observando seus futuros degustadores com dentes rangendo de vontade de devorá-lo, dentre outras.
Isso não desmerece as outras duas partes em que é dividida Carmina Burana:
“Primavera”: letras que no começo falam sobre a natureza, que mais para o final ficam romanticas e “Corte do Amor”: músicas romanticas, ora de um romantismo inocente, ora “apelativo”
“Primavera”: letras que no começo falam sobre a natureza, que mais para o final ficam romanticas e “Corte do Amor”: músicas romanticas, ora de um romantismo inocente, ora “apelativo”
Neste Link da University of California sob a regência de Jeffrey Thomas, você pode assistir à obra completa. Já ouvi uns 3 áudios diferentes de Carmina Burana e essa gravação não deixa nada a desejar às outras que já ouvi:
O Fortuna, e mais alguns outros trechos são partes separadas(mas ligadas no contexto da peça completa) destes temas, mas cujas letras que também se encontrava nos poemas medievais.
Resumindo: uma peça riquíssima que vale a pena conhecer.
Requiem - Krzysztof Penderecki
Como todos os outros réquiens mais conhecidos do mundo erudito, o Dies Irae e Tuba Mirum são marcantes.
Outros trechos fortes também são: “Mors stupebit” e “Ingemisco tanquam reus”.
Esse requiem junto com o de Mozart é o que mais me faz ter as melhores sensações em resposta aos movimentos dos instrumentos, as vezes o corpo vai junto com a música de tão penetrante e envolvedor. Em alguns trechos se torna cansativo, mas dá impressão que é até proposital esse “cansaço” pois meio que te deixa vulnerável aos movimentos fortes (citados acima) que lhes trazem de volta ao clima da música.
Neste vídeo, temos o Dies Irae e Tuba Mirum, no caso, o som está muito defasado do som de uma gravação que tenho o que diminui um pouco o impacto que ele tem. Mas, se fosse possível ouvir ao vivo no Brasil eu pagaria o preço que fosse!
Cantatas de J. S. Bach
A cantata BWV7: “Christ Unser Herr Zum Jordan Kam” inteira é bela,
mas o Coro inicial com uma melodia instrumental marcante que se repete
ao longo do trecho é simplesmente fantástico! De uma simplicidade
melódica cativante que sempre prepara entradas para pequenos trechos do
coro.
Ainda nesta cantata, a 4ª parte
(no vídeo está como 3ª parte, porque a 2ª parte dos vídeos junta a 2ª
e 3ª da cantata que são partes curtas) também tem uma melodia viciante
do violino que ao longo da música segue em uma linha melódica única
independente do canto que também é fantástico.
Outros destaques para cantatas (muitas vezes desconhecidas) de Bach que sempre ouço são as da BWV 205, essas já não são (se não me engano) parte das cantatas de Igreja, e sim, parte da coleção de cantatas “profanas” de Bach.
Tem mais coisas, mas tudo o que coloquei já dá um bom material pra
quem quer iniciar na audição de cantatas e peças pra coro. Eu fui por
esse caminho.
Ouviu e também curtiu? Conhece outras maravilhas da música erudita com coro? Há quanto tempo você ‘curte’ esse tipo de música erudita, como começou a ouvir? Compartilhe a experiência.
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