Bom dia, boa tarde e boa noite!
Como já faz tempo que não escrevo nada sobre meus estudos, resolvi dar uma atualizada sobre o que anda acontecendo desde o último post sobre o assunto.
Até porque aconteceu uma coisa muito legal antes de ontem e ontem que
me fizeram ver como realmente funciona as idéias do Leo Babauta no site Zen Habits, e acho que seria legal compartilhar com vocês alguns insights que tive com o último webinar ( outro, diferente do citado no primeiro post). Dentro da minha explanação, já vou citando como funcionou para mim, e como andam os estudos.
Dividindo em tópicos, ficaria algo assim:
1. Começar devagar, curto e com coisas faceis:

Isso, vem do fato de que as vezes quando vamos estudar algo pensamos no
todo: no tempo que vamos gastar para conseguir estudar tudo o que é
necessário, em todas as músicas que ainda nem mesmo pegamos a partitura
pra ler, sendo que a música tinha que estar pronta “pra ontem”, mas
possíveis dificuldades que vamos ter durante o estudo. Nos trechos que
vamos ficar minutos até horas travado, sem conseguir prosseguir na
música.
Com tudo isso, fica fácil entender porque desistimos do estudo antes
mesmo de começar. Pensamos já de antemão que vamos ficar horas
cansativas alí à frente do piano (ou outro instrumento, ou trabalho),
consertando tudo de uma vez; esse pensamento é, de fato, muito
desistimulante.
Parafraseando o Leo: “Pegue para fazer isso, e estipule 5 minutos, ou
2 minutos, ou 30 segundos e depois veja, se está “afim” de continuar”. O
segredo aí é dizer à sua propria mente: “é só 5 minutos, não custa
nada, e nem vai tomar tanto tempo”, e aliás o insight principal se
resume à uma palavra: “Começar”. Não vou me estender mais, apenas pensem
em quantas coisas fáceis, simples e rápidas já deixaram de fazer
simplesmente porque não começaram? Agora, imagine: projetos maiores ou a
longo prazo andam pra frente se você nunca começar?
2. Focar nas partes boas e não nos problemas:
Focar nas partes boas do que você está fazendo e NÃO focar nas coisas que você nao gosta e quer deixar de fazer.
Por exemplo: quando você quer melhorar sua alimentação, procure focar
no sabor e no gosto que você tem pelas frutas que você mais gosta e as
coma, e não pare para ficar focando em “ai… eu não posso comer, pizza,
nem bolacha, nem isso, nem aquilo”. Foco no que vai ajudar a manter o
novo habito da boa alimentação e não nos velhos habitos que estao sendo
deixados.
Aplicando à música, acredito que possamos focar no fato de que,
teremos uma música pronta para ser apresentada em alguma ocasião que
aparecer, ou ainda se possível, lembrar de uma música com trechos
semelhantes àquele que você está estudando e que, uma vez aprendido
nessa música, só irão mudar as notas e poucas coisas. Em músicas com ritornellos
ou ainda, com partes repetidas (como por exemplo, as sonatas onde tem a
exposição do tema e depois a reexposição idêntica ou muito semelhante)
perceber que, se você aprender um trecho, você já terá aprendido o
dobro, uma vez que aquela parte se repetirá. Estou sem algumas idéias de
foco agora, mas acho que esse tipo de foco é um caminho melhor do que
ficar pensando que não vai conseguir fazer os trechos, que vai demorar,
acredite sim que, quando você menos perceber, lá estará você, com
direito à platéia, tocando sua música.
3. Faça ajustes no seu método de estudos:
Uma
outra coisa que me chamou a atenção nesse webinar, é uma coisa obvia,
mas que se percebermos, agente acaba nunca fazendo isso: ajustes.
Se está tentando criar uma rotina de estudos, de um modo que não está
funcionando, procure saber qual o problema e o que mudar da próxima vez
que tentar de novo. Se não o que vai acontecer é que você vai tentar sempre da mesma maneira, o que, fatalmente, vai fazer com que o resultado seja o mesmo.
Esse ajuste pode ser por exemplo, fazer uso do tópico 1 que escrevi
acima: fazer menos! As vezes você se sente estressado por estudar
durante horas (seria ótimo se pudessemos e tivessemos sempre esse tempo
disponível para o estudo, mas convenhamos, não é a realidade de muitas
pessoas), então podemos começar com apenas 5 minutos (ou menos), e ver
como estamos, pensar se compensa continuar estudando a mesma coisa ou
tentar começar por outra.
Uma coisa que já tentei algumas vezes, foi trabalhar com tabelas de
estudos, onde eu estipulava pelo menos 2h ao piano por dia. Teve uma
época que funcionou por quase 4 meses seguidos, mas acabei parando por
motivos que não me lembro. Recentemente tentei voltar com esse método,
mas dessa vez não durou 2 semanas. O que que houve? Não sei ainda
exatamente, mas penso que o fato de ter visto o método falhar mesmo
depois de 4 meses seguidos, pode ter influenciado inconscientemente a
minha desistência rápida desta vez. Meu erro: “tentar usar o mesmo
método, exatamente do mesmo jeito. Solução? Uma coisa que eu posso fazer
(que inclusive já deveria ter feito logo após ter captado esses
insights) é análisar as partes do método que fizeram estudar e seguílo
por 4 meses, e as partes que me fizeram desistir, para assim, poder de
algum modo aprimorar o método para poder tentar denovo, e não, como já
disse, fazer exatamente o mesmo.
Eu estava dizendo que aconteceu uma coisa legal esses dias, por causa desses insights,
pois então, levando esse pensamento do Leo, peguei apenas umas escalas
pra estudar (minha professora disse para que eu pegasse pelo menos uma
escala por dia, e estudasse ela de todos os modos possíveis que eu já
conheço), mas peguei pensando em estudas, falando sério, apenas 30
segundos! Ou seja, no máximo eu ia fazer a escala ascendente e
descendente com mãos separadas e mãos juntas e não todos os modos que
ela já me ensinou, como recomendado por ela, e eu fiz isso. Porém, o que
veio depois que foi a mágica da negócio! Fiquei quase 1h estudando
praticamente todo o material de piano que eu tinha que estudar, além de
fazer todos os modos não de uma, mas de 3 escalas. E só parei porque eu
tinha que ir dormir para viajar bem cedo no dia seguinte.
Talvez apenas com o meu comentário não seja tão empolgante, mas
aconselho-vos (uh... falei bonito!) a tentar por si mesmos. Naquelas dias
em que você não estiver muito afim de estudar, pegar apenas “para
brincar”, uns 5 minutos. Abra aquela música que você está estudando,
peguei direto daquele trecho que está dando mais trabalho, estude,
lentamente com mãos separadas, vá juntando aos poucos. Está chato? Não
importa. Será apenas por 5 minutos, se estiver realmente insuportável
estudar. Pare e deixe pra tentar depois, e nessa proxima vez, sem medo,
diga para si mesmo, coloque até um alarme para se sentir mais no clima:
apenas 2 minutos. Depois me digam (nos comentários) como foram.
Até a próxima!
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