Primeiro Post!

Bom dia, Boa tarde e Boa noite a todos!
Vou iniciar este blog, falando sobre como nasceu a idéia de fazê-lo.
Fiquei sabendo através do twitter de um webinar que ia aconter às 20h (horário de Brasília) do dia 16 de setembro com Leo Babauta, “Guru” criador do site Zen Habits (site que acompanho há pelo menos 2 anos) , que ia falar sobre “como encontrar a nossa paixão”. Paixão no sentido de “motivo para viver”, ou de modo mais direto: um trabalho que você goste tanto que nem considere como um trabalho.
Aquele tipo de coisa que você faz por prazer e não se importa com o valor material (grana)  agregado ao que faz. Quando você diz aos outros: “Faço isso porque gosto, se eu ganhar com isso, é lucro, pois estarei ganhando pra fazer uma coisa que me é prazerosa, se não ganhar, bom também, estou “gastando” tempo da minha vida com algo que me convém”.
Logo após o webinar, eu continuei no chat da sala junto com um gajo português, e ficamos conversando sobre os temas abordados por Leo, e disse pra ele sobre a dificuldade que estava tendo em “encontrar minha paixão”, falei que parece que a encontrei, porém minhas ações não vão de encontro às expectativas que eu tenho com ela que é, justamente, viver dela.
Ele me contou que tinha sua paixão bem definida, e que decidiu expressá-la num blog, apenas para testar e ver se realmente era aquilo que ele queria fazer, aliás, o blog dele:Space Sector, hoje em dia trás de lucro pra ele cerca de 500 dolares, e que há um mês ele largou um emprego de 7 anos onde ele não estava mais animado de trabalhar para trabalhar apenas com o blog.
ele me disse que as chaves para que tudo isso dê certo são três:
1. Adorar Fazer Isto (gostar do que fala, se possível, atuar diretamente no meio)
2. Ajudar as Pessoas (procurar ser útil )
3. Saber do que está falando (se não sabe, ir aprendendo ao longo do caminho)
Mas que vale lembrar antes de tudo, e eu reitero, pois nunca fui blogueiro na minha vida, que é tudo um teste para saber se realmente esta é a minha paixão.
E qual é a minha “possível” paixão?
A Música.
Ela que tem me acompanhado dia a dia por pelo menos 12 anos (até onde eu me lembro), foi a única coisa que durou realmente tanto tempo na minha vida. Foi uma coisa que, desde quando encontrei não quis jamais deixar, e que, de tempos em tempos, veio fazendo mais parte da minha vida.
Me lembro dos meus 10 ou 11 anos de idade, quando na casa do meu primo conheci o teclado musical. O velho Cassio CTK-411, que meu primo tinha comprado nao sei ao certo quando nem porque (quem sabe agora ele me conte essa história?) , estava lá, e comecei tocando algumas músicas seguindo um teclado gráfico me lembro de Parabéns pra Você, La donna é Mobile, e outras da memória do pequeno keyboard.
Depois dessa experiência, fui muito insistente em pedir aos meus pais um teclado, e quando consegui algum tempo depois, não lembro se foi por coincidência ou não, o mesmo CTK-411. Lembro da minha mãe ligando para o meu primo e falando no telefone: “Compramos um igual, porque você tem bom gosto”, mas provavelmente o motivo real era o $ preço baixo $ mesmo, rs.
Enfim, com esse teclado fiz minha iniciação musical sozinho, com auxilio do livro de partituras que veio junto, que lembro ter conseguido apenas uns 6 meses depois, leitura que aprendi com essas revistas de banca, que vinha com exercícios de musicalização, escrever o nome das notas, duração das notas, fórmula de compasso, claves, etc..
Um fato que me vem nostalgicamente é que lembro de viver o tempo todo com esses livros na mão fazendo os exercícios. Lembro que eu tinha muito prazer em pegar uma partitura inteira e colocar o nome das notas, duração das notas, fórmula de compasso, claves, etc. Isso talvez explica o porque que não tive tanta dificuldade com a leitura, mais pra frente.
Ainda antes disso lembro de logo engajar no grupo de música da comunidade da igreja que eu frequentava com meus pais, e lá cresci muito musicalmente, principalmente na harmonia musical (encadeamentos, campos), pois toquei muito tempo com um violonista. E me lembro de recorrer sempre às cifras e comecei a criar ritmos baseados nos ritmos feitos no violão, até mais pra frente criar meu próprio jeito de improvisar.
Depois de cerca de 2 anos se não me falha a memoria, meu velho CTK começou a dar problemas e com isso meu desejo de ter um teclado melhor foi aumentando até que chegou ao ponto de conseguir “convencer” meu pai de gastar exatos R$1500, 00 (na época, muitíssimo dinheiro) com um Roland EM-25. Fiquei entre outro Casio de 500 reais e esse Roland, o Casio tinha muito mais recursos, porém os timbres do Roland foram decisivos para a minha escolha, mesmo que no momento da compra eu não soubesse direito que esse era o real motivo.
Continuei no grupo da igreja durante anos até que eu me mudasse do estado de São Paulo para Minas Gerais. E no final desse período, mais precisamente no último ano antes de eu vir para Minas entrei para uma banda de Symphonic/Gothic Metal,  que, em paralelo com o trabalho feito na igreja quanto ao conhecimento harmônico, na banda cresci em técnica, leitura de partitura e programação de teclado (patch programming). E, tudo isso junto me levou ao interesse de fazer arranjos e programações.
Isso me lembra outro fato: lembro quando eu sentava com meu CTK-411 e mais tarde com o EM-25 junto ao aparelho de som de casa que tinha entrada de microfone e copiador de fita cassete, e ficava gravando pistas de gravação instrumento a instrumento improvisando arranjos para cada um (bateria, baixo, violao, piano, strings, efeitos) com as músicas da igreja. Era um baita trabalhão: no começo, ficava horas pra gravar uma música, mas, para mim, brincadeira de criança, eu FAZIA COM PRAZER.
Como eu ia dizendo, vim para Minas, e aqui, descubro o conservatório de música da cidade, porém ainda não tive um interesse direto em entrar, pois quando vim pra cá, me “reapareceu” uma outra possível paixão, que na verdade andava paralelamente à música nos últimos anos em São Paulo: a eletrônica, e a automação. Entrei em uma fábrica que trabalhava com isso, e nela fiquei por longos 4 anos anos trabalhando. Nesse meio tempo meu hobby passou a ser construir alguns projetos eletrônicos, cheguei a aprender programação Assembly (quem sabe o que é, sabe porque cito isso aqui) para aconseguir completar alguns projetos com microcontroladores. Porém com o tempo fui me saturando do trabalho, e o local de trabalho junto com meus empregadores aumentando meu desinteresse, e o interesse pela eletrônica afundou junto com isso.
A essa altura, paralelamente, eu tinha me decido estudar piano para aprimorar minha técnica e meu conhecimento teórico-musical, ja tinha comprado um piano digital (saí daqui e fui justamente na minha cidade comprar (fui lá por questões econômicas)), e até mesmo ao final dessa época, tinha ganhado um Concurso de Piano.
Com o tempo e esses acontecimentos fui percebendo que minha paixão, outrora de tempos infantis, voltara: “Talvez eu tenha o dom pra isso! Ganhei um Concurso sem ao menos ter participado com a intenção de ganhar!”
Uma sequencia de fatos anteriores a isso: eu entrei em uma escola de música particular (fazendo Piano Popular)  por não ter conseguido passar no teste para entrar no conservatório (me barraram na letra de “Marcha Soldado”… engraçado… mas REAL!”), 3 meses depois encontrei uma professora particular de piano Erudito (que era o ue eu queria) e 1 mês depois, o conservatório me chamou depois de incríveis 24 desistências dos alunos de piano. Desde então tenho aulas no conservatório e aulas particulares com as mesmas professoras.
Aqui chegamos ao HOJE, ao dilema que me levou a ir a um webinar a pesquisar maneiras de conhecer minha paixão. Não estava pedindo para os outros decidirem qual era minha paixão, mas sim, me ajudar, através de meios já testados e comprovados, a como provar e ter certeza de que eu estava no caminho certo para encontrá-la.
Isso vem do problema que estou tendo com os estudos e com a prática em geral da tão amada música. Ultimamente não estou controlando de forma eficiente meus estudos, não tenho tanto interesse na música como tinha antigamente, se tornou DIFÍCIL estudar música, e o pior: a PRÁTICA, o tocar o piano ou o teclado, é algo que se tornou difícil de fazer, mas quando consigo fazê-lo, sinto os prazeres de outrora.
Bem, depois de mais de quase 1500 palavras, e esse blog? O que tem a ver com tudo isso???

A idéia do meu amigo português: Esteja conectado com a sua paixão. Fale sobre ela ao mundo faça, parafraseando-o, “um web-log”, idéia que creio que seja a mesma de Babauta, da qual eu citei em aguns twitters anteriores a “accoutability”, um tipo de prestação de contas, do que ando fazendo quanto aos meus estudos. Mas, somado a isso, porque não falar de Música Classica, bandas de Symphonic Metal, teoria musical, instrumentos, tecnologia na música, etc. coisas que poderão ajudar às pessoas a encontrarem informação, quantas vezes você já não foi ajudado por uma informação em um blog? Seja para uma pesquisa pessoal, seja para uma ajuda, seja para um trabalho da escola, da faculdade? Que mal tem então usar o mesmo espaço que usarei para a “accountability”?
Reiteiro, creio que pela terceira vez, que é apenas um teste, as vezes posso esbarrar no formato de “blog” e achar dispendioso o tempo gasto para postagem sendo que este tempo poderia estar sendo empregado no estudo que me falta por si. Porém talvez graças a esse tempo “gasto” aqui, eu me sinta mais compromissado a estudar, como de fato aconteceu em vários casos de blogs por aí, como um que li uma vez de uma mulher que emagreceu cerca de 60kg, com a ajuda da prestação de contas que ela fazia para um blog, que logo tomou popularidade, mas que principalmente a ajudou a sair dos seus 120kg.
Bem, acho que deu pra explicar um pouco de como cheguei aqui, ao ponto de iniciar um blog que falará sobre Música e sobre o meu caminho em busca da confirmação dessa paixão.
Depois de tanta coisa acho melhor deixar pra falar sobre o nome do blog num próximo post.
Abraço a todos que conseguiram ler isto até aqui. Prometo tentar não fazer mais publicações tão longas!!! =)

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