Bom dia, Boa tarde e Boa noite a todos!
Aquele tipo de coisa que você faz por prazer e não se importa com o
valor material (grana) agregado ao que faz. Quando você diz aos outros:
“Faço isso porque gosto, se eu ganhar com isso, é lucro, pois estarei
ganhando pra fazer uma coisa que me é prazerosa, se não ganhar, bom
também, estou “gastando” tempo da minha vida com algo que me convém”.
Logo após o webinar, eu continuei no chat da sala junto com
um gajo português, e ficamos conversando sobre os temas abordados por
Leo, e disse pra ele sobre a dificuldade que estava tendo em “encontrar
minha paixão”, falei que parece que a encontrei, porém minhas ações não
vão de encontro às expectativas que eu tenho com ela que é, justamente,
viver dela.
Ele me contou que tinha sua paixão bem definida, e que decidiu
expressá-la num blog, apenas para testar e ver se realmente era aquilo
que ele queria fazer, aliás, o blog dele:Space Sector,
hoje em dia trás de lucro pra ele cerca de 500 dolares, e que há um mês
ele largou um emprego de 7 anos onde ele não estava mais animado de
trabalhar para trabalhar apenas com o blog.
ele me disse que as chaves para que tudo isso dê certo são três:
1. Adorar Fazer Isto (gostar do que fala, se possível, atuar diretamente no meio)
2. Ajudar as Pessoas (procurar ser útil )
3. Saber do que está falando (se não sabe, ir aprendendo ao longo do caminho)
Mas que vale lembrar antes de tudo, e eu reitero, pois nunca fui blogueiro na minha vida, que é tudo um teste para saber se realmente esta é a minha paixão.
A Música.
Ela que tem me acompanhado dia a dia por pelo menos 12 anos (até onde
eu me lembro), foi a única coisa que durou realmente tanto tempo na
minha vida. Foi uma coisa que, desde quando encontrei não quis jamais
deixar, e que, de tempos em tempos, veio fazendo mais parte da minha
vida.
Me lembro dos meus 10 ou 11 anos de idade, quando na casa do meu
primo conheci o teclado musical. O velho Cassio CTK-411, que meu primo
tinha comprado nao sei ao certo quando nem porque (quem sabe agora ele
me conte essa história?) , estava lá, e comecei tocando algumas músicas
seguindo um teclado gráfico me lembro de Parabéns pra Você, La donna é
Mobile, e outras da memória do pequeno keyboard.
Depois dessa experiência, fui muito insistente em pedir aos meus pais
um teclado, e quando consegui algum tempo depois, não lembro se foi por
coincidência ou não, o mesmo CTK-411. Lembro da minha mãe ligando para o
meu primo e falando no telefone: “Compramos um igual, porque você tem
bom gosto”, mas provavelmente o motivo real era o $ preço baixo $ mesmo,
rs.
Enfim,
com esse teclado fiz minha iniciação musical sozinho, com auxilio do
livro de partituras que veio junto, que lembro ter conseguido apenas uns
6 meses depois, leitura que aprendi com essas revistas de banca, que
vinha com exercícios de musicalização, escrever o nome das notas,
duração das notas, fórmula de compasso, claves, etc..
Um fato que me vem nostalgicamente é que lembro de viver o tempo todo
com esses livros na mão fazendo os exercícios. Lembro que eu tinha
muito prazer em pegar uma partitura inteira e colocar o nome das notas,
duração das notas, fórmula de compasso, claves, etc. Isso talvez explica
o porque que não tive tanta dificuldade com a leitura, mais pra frente.
Ainda antes disso lembro de logo engajar no grupo de música da
comunidade da igreja que eu frequentava com meus pais, e lá cresci muito
musicalmente, principalmente na harmonia musical (encadeamentos,
campos), pois toquei muito tempo com um violonista. E me lembro de
recorrer sempre às cifras e comecei a criar ritmos baseados nos ritmos
feitos no violão, até mais pra frente criar meu próprio jeito de
improvisar.
Depois de cerca de 2 anos se não me falha a memoria, meu velho CTK
começou a dar problemas e com isso meu desejo de ter um teclado melhor
foi aumentando até que chegou ao ponto de conseguir “convencer” meu pai
de gastar exatos R$1500, 00 (na época, muitíssimo dinheiro) com um
Roland EM-25. Fiquei entre outro Casio de 500 reais e esse Roland, o
Casio tinha muito mais recursos, porém os timbres do Roland foram
decisivos para a minha escolha, mesmo que no momento da compra eu não
soubesse direito que esse era o real motivo.
Continuei no grupo da igreja durante anos até que eu me mudasse do
estado de São Paulo para Minas Gerais. E no final desse período, mais
precisamente no último ano antes de eu vir para Minas entrei para uma
banda de Symphonic/Gothic Metal, que, em paralelo com o trabalho feito
na igreja quanto ao conhecimento harmônico, na banda cresci em técnica,
leitura de partitura e programação de teclado (patch programming). E,
tudo isso junto me levou ao interesse de fazer arranjos e programações.
Isso me lembra outro fato: lembro quando eu sentava com meu CTK-411 e
mais tarde com o EM-25 junto ao aparelho de som de casa que tinha
entrada de microfone e copiador de fita cassete, e ficava gravando
pistas de gravação instrumento a instrumento improvisando arranjos para
cada um (bateria, baixo, violao, piano, strings, efeitos) com as músicas
da igreja. Era um baita trabalhão: no começo, ficava horas pra gravar
uma música, mas, para mim, brincadeira de criança, eu FAZIA COM PRAZER.
Como eu ia dizendo, vim para Minas, e aqui, descubro o conservatório
de música da cidade, porém ainda não tive um interesse direto em entrar,
pois quando vim pra cá, me “reapareceu” uma outra possível paixão, que
na verdade andava paralelamente à música nos últimos anos em São Paulo: a
eletrônica, e a automação. Entrei em uma fábrica que trabalhava com
isso, e nela fiquei por longos 4 anos anos trabalhando. Nesse meio tempo
meu hobby passou a ser construir alguns projetos eletrônicos, cheguei a
aprender programação Assembly (quem sabe o que é, sabe porque cito isso
aqui) para aconseguir completar alguns projetos com microcontroladores.
Porém com o tempo fui me saturando do trabalho, e o local de trabalho
junto com meus empregadores aumentando meu desinteresse, e o interesse
pela eletrônica afundou junto com isso.
A
essa altura, paralelamente, eu tinha me decido estudar piano para
aprimorar minha técnica e meu conhecimento teórico-musical, ja tinha
comprado um piano digital (saí daqui e fui justamente na minha cidade
comprar (fui lá por questões econômicas)), e até mesmo ao final dessa
época, tinha ganhado um Concurso de Piano.
Com o tempo e esses acontecimentos fui percebendo que minha paixão,
outrora de tempos infantis, voltara: “Talvez eu tenha o dom pra isso!
Ganhei um Concurso sem ao menos ter participado com a intenção de
ganhar!”
Uma sequencia de fatos anteriores a isso: eu entrei em uma escola de
música particular (fazendo Piano Popular) por não ter conseguido passar
no teste para entrar no conservatório (me barraram na letra de “Marcha
Soldado”… engraçado… mas REAL!”), 3 meses depois encontrei uma
professora particular de piano Erudito (que era o ue eu queria) e 1 mês
depois, o conservatório me chamou depois de incríveis 24 desistências
dos alunos de piano. Desde então tenho aulas no conservatório e aulas
particulares com as mesmas professoras.
Aqui chegamos ao HOJE, ao dilema que me levou a ir a um webinar a
pesquisar maneiras de conhecer minha paixão. Não estava pedindo para os
outros decidirem qual era minha paixão, mas sim, me ajudar, através de
meios já testados e comprovados, a como provar e ter certeza de que eu
estava no caminho certo para encontrá-la.
Isso vem do problema que estou tendo com os estudos e com a prática
em geral da tão amada música. Ultimamente não estou controlando de forma
eficiente meus estudos, não tenho tanto interesse na música como tinha
antigamente, se tornou DIFÍCIL estudar música, e o pior: a PRÁTICA, o
tocar o piano ou o teclado, é algo que se tornou difícil de fazer, mas
quando consigo fazê-lo, sinto os prazeres de outrora.
Bem, depois de mais de quase 1500 palavras, e esse blog? O que tem a ver com tudo isso???
A idéia do meu amigo português: Esteja conectado com a sua paixão.
Fale sobre ela ao mundo faça, parafraseando-o, “um web-log”, idéia que
creio que seja a mesma de Babauta, da qual eu citei em aguns twitters
anteriores a “accoutability”, um tipo de prestação de contas, do que
ando fazendo quanto aos meus estudos. Mas, somado a isso, porque não
falar de Música Classica, bandas de Symphonic Metal, teoria musical,
instrumentos, tecnologia na música, etc. coisas que poderão ajudar às
pessoas a encontrarem informação, quantas vezes você já não foi ajudado
por uma informação em um blog? Seja para uma pesquisa pessoal, seja para
uma ajuda, seja para um trabalho da escola, da faculdade? Que mal tem
então usar o mesmo espaço que usarei para a “accountability”?
Reiteiro, creio que pela terceira vez, que é apenas um teste,
as vezes posso esbarrar no formato de “blog” e achar dispendioso o
tempo gasto para postagem sendo que este tempo poderia estar sendo
empregado no estudo que me falta por si. Porém talvez graças a esse
tempo “gasto” aqui, eu me sinta mais compromissado a estudar, como de
fato aconteceu em vários casos de blogs por aí, como um que li uma vez
de uma mulher que emagreceu cerca de 60kg, com a ajuda da prestação de
contas que ela fazia para um blog, que logo tomou popularidade, mas que
principalmente a ajudou a sair dos seus 120kg.
Bem, acho que deu pra explicar um pouco de como cheguei aqui, ao
ponto de iniciar um blog que falará sobre Música e sobre o meu caminho
em busca da confirmação dessa paixão.
Depois de tanta coisa acho melhor deixar pra falar sobre o nome do blog num próximo post.
Abraço a todos que conseguiram ler isto até aqui. Prometo tentar não fazer mais publicações tão longas!!! =)
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